
A visão era ruim... e o tumulto constante. Eram três horas da tarde, o sol ainda estava quente e o ar da cidade pesado. As pessoas andavam apressadas. O sinal fechou, a impaciência era clara nos olhares irritados, voltados quase sempre para aquela luz verde do semáforo, que nunca mudava... os carros passavam, muitos...
Enfim o sinal abril, e a massa compacta de gente enfim se moveu, deixaram de ser corpos estáticos... se moviam, numa sinfonia louca...
Buzinas, esbarrões, gritos, calor, tudo enchia de movimento aquela tela em matizes de cinza, e um corpo encolhido no canto da calçada era apenas mais um entre outros tantos, não se movia, estava inerte, apenas os cabelos brancos e seus enbaçados olhos azuis voltados para o chão mostravam o brilho de sua existência... ... com a mão estendida, esperando algo descer dos céus...
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