Quem sou

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Sou uma pessoa alegre e tranquila.Tenho percepções um tanto diferente, vejo o mundo de forma simples e descontraída!! Ficar no mesmo lugar me cansa, por conta disso, amo viajar, principalmente quando não tenho tenho hora pra voltar. Sou uma romântica assumida, apaixonada pela músicas e por meus gatos. Talvez, eu até seja um tanto instável, mas sou sincera.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Inevitável

-Como consegue gostar dessas coisas?
-Que coisas? - disse ela, organizando uma pilha de livros e folhas.- Você está falando sobre os livros?
-Sim! Não consigo entender como consegue esquecer as pessoas e viver de leituras..- Ele estava parado na porta do quarto, olhava para aquele monte de cadernos e folhas espalhadas.- Tem coisas mais interessantes lá fora do que esse monte de folhas.
Marcela nem sequer olhou para ele, sua atenção estava voltada inteiramente para os livros que acabará de comprar...uns 10 talvez. Isso a agradava bastante, teria bastante material para se ocupar nas próximas duas semanas.
-Quanto você gastou com tudo isso? Posso saber?
-Nem foi muito, aproveitei uma promoção, acabei comprando todos- disse ela rindo, enquanto procurava espaço para colocar suas novas aquisições na estante abarrotada de livros e enciclopédias.- Custaram menos do que as informações que contém.
-Lá vem você de novo...- disse ele resmungando.- Vamos dar uma volta, está um dia lindo lá fora. Podemos sair, tomar um sorvete ou quem sabe ligar para uns amigos, e ir a um bar...
-Estou mais para ver um filme, o que acha? Tenho alguns aqui que são muito bons - ela estava agora sentada em frente ao notebook, olhando um blog talvez...
-Não quero ver filme, quero sair contigo! - ele olhava sério para a garota- Será que está difícil você perceber isso?
-Eu sei querido, percebi sim.- Sabia que dessa vez não conseguiria fugir- Vou me arrumar então.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A alma


-Estou morto... - disse ele, em voz baixa, seus olhos procuravam algo escondido entre as longas tábuas do assoalho.- Sinto-me assim a um bom tempo, estou apenas esperando o fim.
-Que coisa horrivel de se dizer!- ela estava deitada sobre a cama, com o olhar voltado para o teto.- Você assim tão inteligente, quantas pessoas queriam ter o que você tem! Deveria se orgulhar! Se sentir feliz, privilegiado!
-Não é simples, não é algo que eu possa te explicar claramente, apenas sinto como se as coisas fossem desnecessárias, como se faltasse um motivo, uma razão...
-Mas tem! Você tem família, amigos, irmãos... quer mais motivos ou razões? Tanta gente aí, que não tem ninguém...- ela agora olhava atentamente para ele, seu amigo estava ali, sentado num pequeno sofá próximo a uma janela praticamente tampada por um cobertor velho... tudo era escuro, apenas um pequeno feixe de luz penetrava naquela espessa barreira...
- Não sei se isso basta...