Quem sou

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Sou uma pessoa alegre e tranquila.Tenho percepções um tanto diferente, vejo o mundo de forma simples e descontraída!! Ficar no mesmo lugar me cansa, por conta disso, amo viajar, principalmente quando não tenho tenho hora pra voltar. Sou uma romântica assumida, apaixonada pela músicas e por meus gatos. Talvez, eu até seja um tanto instável, mas sou sincera.

domingo, 29 de novembro de 2009

A morte

O que ela podia fazer, ele iria morrer, de verdade, tentara de tudo, remédios, cuidados especiais... nada disso surtia efeito, apenas a piora era vista, a cada dia mais aquele pequeno corpo definhava... não morria, parecia que a morte não o queria, mesmo sabendo que a vida o abandonava a cada minuto...
-O que faço?-disse ela a um amigo ao telefone.
-Sei lá... já deu remédio? - disse ele.
-Sim, sim, mas ao invés de melhorar, parece que ele piora a cada dia... já não está comendo a dias...estou preocupada.
-Ahaa Sandra, é apenas um peixe, se morrer, jogue-o no vaso e compre outro!- um tom de impaciencia era claro em sua voz.
-Mas eu gosto tanto dele...
-Eu sei, mas fazer o que?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Selinhos

Oii,

Este post é exclusivo para agradecer um selinho que foi dedicado a mim, por uma pessoa fantástica , a Natália, então, ela é dona do blog http://seosenaotivesseficadosonose.blogspot.com/ , muito bom e recomendo a todos. ^^
Bem, chega de enrolar, o selo é esse:




Regras:
1. Colar o selinho no seu blog; [V]
2. Dizer o nome da(o) amiga(o) e do blog que te indicou: [V]
3. Tornar-se seguidor do Blog que te indicou [V]
4. Passar para 10 blogs nos quais vocês são VICIADOS:

Seguem os dez blogs:
01.http://seosenaotivesseficadosonose.blogspot.com
02.http://espacinhoembranco.blogspot.com
03.http://all-access-to-all-things.blogspot.com
04.http://apimentario.blogspot.com
05.http://syn-blog.blogspot.com
06.http://divadalouca.blogspot.com
07.http://apenassobremim.blogspot.com
08.http://merdafalei.blogspot.com
09.http://lascivotorpor.blogspot.com
10.http://blogkamilla.blogspot.com

Ta aí.
Obrigada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Velhice...


-Sinto-me velho, é isso que acho. – disse ele remexendo em algo dentro da mochila.
-Não estou ouvindo nada de novo, você sempre me diz isso- disse ela, que observava o horizonte através da pequena janela daquele recinto.- Toda a vez que eu chamo você para sair é essa mesma conversa.
-É sério, não tenho mais animo para as baladas, festinhas e afins... é sempre a mesma coisa... Às vezes, o que muda é a ressaca moral, fora isso, é tudo igual: menininhas fantasiadas, garotos que mais se parecem mentalmente com krill do que com seres humanos... Estou cansado dessa gente.
Ela resmungou alguma coisa, ainda sentada na cama, virou-se para ele, que por sua vez estava a um metro de distância, sentado na cadeira próxima ao computador. Ela o encarou por alguns instantes, depois disse: - Quanta acidez...
-Não é acidez, é verdade. Vai dizer que não é assim...
-Pode até ser, mas não há nada de mal em sair e ver um pouco o movimento, também acho a maioria das pessoas chatas e cansativas, mas não pretendo ficar enclausurada em casa, quero respirar um pouco, e estou requisitando a sua nobre companhia, posso?
-Poder pode, mas ...
-Ahaaa vamos, não tem nada melhor do que nós dois exercitando nossa acidez juntos.- Disse ela sorrindo.- Vai ser divertido, te garanto! Nada melhor do que exercitar o humor negro.
Ele olhou para o relógio do computador a sua frente, soltou um longo suspiro e disse: -Você não vai desistir né?
-Provavelmente não. - ela já estava rindo, já sabia a resposta.
-Vou tomar um banho. – disse ele, mas ao chegar a porta, virou-se e perguntou: - Para onde vamos?
- Para o barzinho da esquina.

domingo, 15 de novembro de 2009

De onde menos se espera...

Era mais de meia noite... nada acontecia naquela noite tranquila e chuvosa. Pela janela via-se escorrer a água que insistia em se chocar contra o vidro liso. Apenas o ruido da chuva era sentido naquele quarto escuro e abafado.
O telefone tocou, tocou, tocou... e num movimento lento, preguiçoso até o barulho cessou: - Alô- sua voz era arrastada e sonolenta.
- Carla? - era uma voz masculina, bem familiar.
-Oi...
-Que voz é essa? - Ele parecia um tanto impaciente.
-Voz de quem estava deitada... - disse ela num tom ácido.
-Deitada? Ahaa para com isso, hoje é sexta! Vamos sair!! Animo garota!!
-Nem tenho isso ai não, estou cansada.- enquanto falava, Carla voltou para a cama e deixou seu corpo cair sobre a cama.- Você sabe que não vou sair.
-Então vou aí! Em meia hora estarei aí, e ai de você que não esteja pronta.
-Não vou sair Pedro, desista!- Ainda segurando o telefone, Carla rolou pela cama, abraçou o travesseiro e tateou no escuro a procura das cobertas, assim que as encontrou puxou-as vagarosamente sobre seu corpo.
-Já te avisei. Estou indo pra ai.- dizendo isso, desligou o telefone.
Carla soltou um suspiro, abraçou o travesseiro, e deixou que o sono viesse...
O som da batida da campainha se fez escutar meia hora depois. Bateu uma, duas, três vezes... em seguida, um click baixo se fez ouvir, em seguida o barulho da porta sendo fechada.
A sala longa, cheia de livros nas suas várias prateleiras e num pequeno sofá, outros vários volumes, estavam espalhados. Logo adiante um pequeno corredor que dava acesso para o quarto. Tudo estava escuro.
-Não acredito que você ainda está desse jeito! - Disse Pedro, acendendo a luz do quarto.
Carla balbuciou alguma coisa, talvez uma reclamação pelo clarão da luz que se deu após a chegada de Pedro, puxou o travesseiro sobre a sua cabeça e permaneceu imóvel.
Pedro andou até a cama, se sentou, e observou a moça. Era bonita, morena, com longos cabelos cacheados, e ainda assim estava ali, quase derrotada.
-Vamos Carla, você precisa sair, ver gente. Ficar desse jeito não vai resolver.
-Estou cansada, é só isso.- Resmungou ela.
-Vem- disse ele levantando ela pelos braços.- Não vou deixar você se destruir. Vamos.
-Não estou a fim.
-Não te perguntei, estou falando o que vou fazer e aconselho você a me obedecer.
-Sorte a sua que você é meu irmão...
-Graças a Deus.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Acontece - parte 2

Atraso... ônibus perdido, essa era a luta diária. Sua renda era baixa, e era obrigada a morar em um pequeno bairro longe do centro. Assim seguiam os dias de Marina.
O ônibus agora teimava em demorar, e o ponto do ônibus se abarrotava. As pessoas reclamavam, emburradas, embrutecidas pelo sistema falho talvez... faltava-lhes algo, o amor, por alguem, pela vida... nada disso afetava Marina, seu pensamento estava longe, viajando através da música de seu MP3, e admirando o céu, cada vez mais claro. Enfim, o veículo abarrotado parava no ponto e nesse momento seus futuros passageiros se apresentavam ainda mais irritadissos.
-Não se tem respeito mais. Por que não colocam mais ônibus. Pagamos pra andar nesta lata de sardinha.
Uma senhora, já de idade procurava um lugar para se instalar naquele ônibus entupido, não havia espaço, e ninguém se preocupou em se mover, era 7:30, todos tinham de trabalhar... e a pobre senhora seguiu viagem, do jeito que deu, em pé, espremida entre outros tantos passageiros.
Vários minutos depois, Marina se espremia entre o passageiros, para que dessa forma conseguisse descer no ponto desejado.
-Com licensa.-disse ela, esbarrando a mochila numa senhora.- Desculpa.- e assim foi até conseguir descer. Marina fazia o mesmo percurso todos os dias, passava pelas mesma ruas, até chegar a sua escola. E a rotina prosseguia, da escola ao curso de música e deste ao trabalho...
Era uma sexta feira, todos no caminho estavam felizes, enfim o descanso, menos para Marina, ela iria trabalhar a noite toda...
-Boa noite Ricardo.
-Oi Marina! Preparada para esta noite?- Disse ele, visivelmente animado- O Fernando disse que a casa hoje vai encher.
-É mesmo? Que ótimo- casa cheia pra ela era ótimo, receberia um pouco mais do que de costume. Marina seguiu para uma pequena sala que funcionava como vestiário, colocou sua mochila num canto, próximo ao armário,e trocou de roupa - Preciso estar apresentável- pensou ela, ao arrumar os longos e cacheados cabelos.
Um leve batida na porta, e em seguida entra Fernando.
-Olá querida!-disse ele- Você está linda hoje.
-Obrigada- Marina ficou um pouco sem graça.- Bem, já está na hora, vamos.- Os dois saíram do vestiário e seguiram para o palco, através de um pequeno corredor que passava próximo a cozinha, esta por sua vez já estava bem movimentada naquela hora, dentro dela os funcionários se deslocavam rapidamente de um lado para o outro, visivelmente atarefados.
-Oi moçaa!!- gritou Henrique, um senhor careca, e bastante grisalho- Bom trabalho viu!!- disse ele acenando, com um largo sorriso no rosto.
-Obrigada!
(...)
A apresentação dessa noite havia cansado bastante Marina, o salão lotou, e os clientes pediam muitas músicas, mesmo depois do repertório inicial ter-se esgotado... aquilo fazia parte de seu trabalho, fora que contribuía para as gorjetas e a receita da casa... enfim, o show terminou, no salão não havia mais ninguém, quase todas as luzes estavam apagadas,e Marina recolhia seu material de trabalho, quando ouviu o barulho de uma cadeira sendo arrastada no centro do salão... um homem, vinha andando lentamente em sua direção.
- A apresentação já acabou, o que o senhor faz aqui dentro?-Disse ela.
O homem deu alguns passos em direção ao palco, e disse: - vi você uma vez, na rua... infelizmente não pude falar contigo, eu estava com pressa- Ele deu mais alguns passos, indo em direção a luz, sua aparência era bem mais jovem, tinha seus 20 anos talvez.
-Não conheço você...- ela agora olhava atentamente para o rapaz que estava a sua frente, algo lhe parecia ligeiramente familiar, mas não se recordava de onde vinha essa semelhança.
-Imagino que não se lembre... - disse ele rindo.