Quem sou

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Sou uma pessoa alegre e tranquila.Tenho percepções um tanto diferente, vejo o mundo de forma simples e descontraída!! Ficar no mesmo lugar me cansa, por conta disso, amo viajar, principalmente quando não tenho tenho hora pra voltar. Sou uma romântica assumida, apaixonada pela músicas e por meus gatos. Talvez, eu até seja um tanto instável, mas sou sincera.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O céu se apresentava cinzento e abafado...
-Moço! - Chama uma garota - Por um real, o senhor pode comprar esta canetas coloridas, ou ainda esta aqui, com várias cores: verde, azul, preta...
-Não obrigado! Diz o homem, sem nem olhar a caneta.
-E você?- E a menina continua, incansável- É pra me ajudar! Uma caneta! Tenho de várias cores! E pode ser da outra também!- Uma senhora olha a caneta, e depois para menina, faz um gesto de negativa e volta a olhar um pouco a frente na esperança de ter um ônibus.
Como se fosse uma doença, as pessoas se afastavam da menina, às vezes olhavam para ela, por outras preocupavam-se apenas em sair do caminho, com seu olhar fixamente voltado para a rua...
Os ônibus iam e vinham numa dança frenética, enquanto seus futuros passageiros aguardavam anciosos, se encolhendo debaixo da pequena combertura oferecida pelo ponto de ônibus surperlotado.
O sol mostra a sua cara por breves momentos, tornando ainda mais insuportável aquele espaço. Voltou a chover..e ainda mais encolhidos estão aquele bando de corpos cansados por mais um jornada de trabalho.
-Uma caneta aí? Tenho verde, azul, vermelha...
- Me dê uma. - Diz uma jovem. - Quanto é?
-Um real.Três por dois?
-Não obrigada. Tome aqui seu dinheiro. E boa sorte nas vendas - E a jovem sai, a passos apressadas enquanto uma grande quantidade de gente se avolumava diante da porta do ônibus que acabara de estacionar.
E a mocinha das canetas, olha sua nota de um real, sorri, e segue seu caminho:-Moça! A senhora compra uma caneta pra me ajudar?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O fim, enfim...

-Acabou!
-Como assim? Desse jeito?- Replica ele.
-Desse jeito sim- Diz ela, séria.-Já não aguento suas mentiras!
-Mas amor, estou dizendo, consegui um emprego! E vai dar pra fazer tudo que nós tinhamos planejado, e...
-E nada!!! Você não vê. Acabou porquê estou esse tempo todo esperando você crescer... e o que você tem feito? NADA!! Absolutamente NADA!!! Só mente, mente e mente. Parece que você me acha estúpida, que não vejo você aprontar das suas!
-Amor, escute...- Diz ele tentando engolir o choro - Estou me esforçando! To procurando emprego! Pra gente poder sair, do jeito que você gosta!
-Não vê que é inútil! Já tomei essa decisão!- Ela,apesar da aparência fria e sólida, segurava as lágrimas também.- Quero um futuro, e quero alguém em que possa confiar!! E o que você faz?? Me diz que está procurando emprego, que vamos construir uma vida, e coisa e tal... e minha mãe te vê aí, todo dia enfiado no computador, na casa dos seus amigos! É assim que você quer me dar um futuro?? É assim que você quer viver??
-Estou mudando! Você sabe!
-Não vejo nada disso!
-Você tem certeza?- Diz ele já aos prantos- De que é isso que você quer?
-Quero ser feliz! Quero alguém que caiba nos meus sonhos...e por mais que eu goste de você, não é o suficiente! Não dá sabe.- E uma pequena lágrima escorre pelo rosto dela, uma lágrima fria, mas ainda assim de dor..
-Você apenas gosta de mim?- ele nem tentava esconder as lágrimas, que já rolavam pelo seu rosto descaradamente. - Você dizia que me amava! Que ia ser mãe dos meu filhos!! E agora vem com essa de "por mais que eu goste de você"? Tem outro na história? Admita!!!- Sua voz ecoava pelo quarto, e seu rosto, vermelho e manchado pelas lágrimas, adquiria uma aspecto ainda mais triste.
-Quero que você vá embora!- Sem encará-lo
-Não vai me responder??? - Perguntou ele.- É verdade né?
-Não!!! Estou terminando com você porquê estou cansada das suas histórias, das suas mentiras, estou cansada de você!
Ele, ao ouvir essas palavras, se virou e saiu... talvez pra nunca mais voltar...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Olhos fechados

O som do mar ao fundo...
-Quanto é o picolé?
-R$1,50! - responde o vendedor ambulante - Tem morango, chocolate branco, blue ice...- e outros infinitos sabores.
-Me dá um de chocolate!
Ao lado, uma família agitada, rindo das trapalhadas de uma das mulheres:
- Você precisava ver a cara de Rita... quando a tampa do fogão caiu... Mas eu avisei, se meter na casa dos outros, na cozinha ... ainda mais na cozinha. Agora vou ter que mandar arrumar o fogão...- diz um senhor gordo, que mal cabia na sua cadeira-Pelo menos foi engraçado a cara de susto dela...rsrs...
-E você fez o que na hora? - Pergunta uma senhora ao lado.
-Eu não fiz nada... só ri, depois que fui reclamar, afinal, quem vai pagar sou eu né.-Diz o senhor as gargalhadas.
-Oi!!- Diz outro vendedor - Vai amendoim torrado ai?
- Não, moço, valeu.
Uns minutos depois...
-Olha o fiscal!!! - Grita uma mulher - Tá atrapalhando a mulher trabalhar!!!
E o fiscal com o grupo de apoio rodeando a mulher, vendedora da pizza.
-Larga ela seu covarde- Grita o senhor gordo ao lado.
-Deixa ela trabalhar - gritou outro expectador.
-Só pega mulher, seu safado. Deixa a mulher ir embora!
E depois de tantos protestos, o fiscal libera a pobre senhora.
- Isso mesmo, deixa as pessoas honestas trabalharem! Vai embora!! - Protesta outro vendedor.
Um carro barulhento passa do outro lado da rua... e a confusão desaparece juntamente com o fiscal.
-Você vai se queimar demais- Diz o meu Pai - O sol está muito quente. Vem pra sombra.
Enfim, abro meus olhos, levanto e vou pra sombra.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Pseudo-máquinas II

Pseudo-máquinas... porquê não somos máquinas, porque nunca vamos ser... porque queremos ser frios, insensíveis, entre outras coisas, e colocamos isso nos objetos, e não nas pessoas, não é fácil ignorar a dor do próximo quando se apresenta ao lado, quando se conhece, convive, ou compartilha as frustrações...
As pessoas cada vez mais tem se tornado essas pseudo-máquinas, talvez por diversão, mas acredito mais que é apenas um meio de fugir do cotidiano, do convívio...de fugir dos sentimentalismos do dia-a-dia, é um meio simples de evitar ou diminuir problemas, dores, a obrigação do relacionamento, e de muitas outras coisas, que sem as máquinas, eramos obrigados a interagir...
Eu falo isso, porquê, quantas vezes já deixei de sair com meus amigos, de ir pra um barzinho, uma boate, ou mesmo pra andar à toa no shopping, apenas pra ficar na internet, com meus amigos virtuais, muitos dos quais nem sei como são, qual seu nome ( verdadeiro!), quais são seus medos... sei apenas seus nicks, seu modo de escrever, a fonte que usam, e as cores preferidas...
Quantas vezes dei conselhos a esses meus amigos virtuais, sem nunca o ter visto, quantas vezes ouvi(ou melhor li) histórias de uma vida inteira, resumidas a poucas linhas, ignorando os detalhes e a maior parte do contexto... e por aí vai...
O convívio entre pessoas tem se tornado difícil e até insuportável...fazemos então o que é mais simples, nos aproximamos das máquinas, nos colocamos atrás de uma tela de computador, e a usamos como máscara para disfarçar nossas fraquezas, nossas debilidades, e interagimos nas dezenas de sites de relacionamentos, blogs e outras coisas do tipo.
As relações entre pessoas está mudando, hoje é possivel pedir uma pizza, fazer compras no supermercado, ou ir ao shopping sem sair de casa...tudo pode ser feito online... não é mais obrigatório falar com o garçon, o atendente, ou qualquer outro empregado, tudo está ao alcance de um click...
Não vejo isso com bons olhos, apesar de ser um exemplar claro dessa nova tendência, pois essa simbiose homem-máquina nos torna ainda mais temerosos, mais sensíveis, e mais intolerantes ao próximo, desejamos a eficiencia, a racionalidade, quando na verdade somos imperfeitos, muitas vezes ineficientes e irracionais...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pseudo máquinas

Como de costume, a observação do cotidiano é sempre algo interessante, quando se tem paciência é claro...
Nos últimos tempos, observando o desemrolar da cortina da vida, surpreendo-me cada dia mais com o ser humano ( e não me excluo dessas observações!), somos ambíguos, irracionais, até burros às vezes...
Desejamos infinitamente alguém que nos faça companhia, quando na verdade nos sentimos mais à vontade sozinhos... queremos compartilhar anseios, alegrias e coisas assim, e no fim acabamos defendendo somente nossos interesses, nas coisas, negócios e até nos sentimentos. Dizemos o tempo inteiro que é bom estarmos acompanhados, mas nos dói ( às vezes realmente) se temos de compartilhar não só nossa escova de dente, como também a renda, a casa, o banheiro...
Conviver com próximo tem se tornado cada vez mais dificil... fácil é estabelecer o contato virtual, a amizade virtual, ou até o sexo virtual, e quando enfim, perde a graça, basta só bloquear o contato... e pronto! Acabamos com o problema, não tem o desagradável sabor do reencontro,basta as palavras rispidas escritas de qualquer maneira nessas conversas online. Simples.
Essas e outras coisas nos transforma, não mais em homens, mas em pseudomáquinas, cada vez mais dependentes, cada vez mais frias, e simplismente mais artificiais... mais distantes do calor humano, e dos instintos que nos trouxeram até aqui...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Flores no tempo

O tempo...
Estranho é constatar que o tempo não passa somente para os outros, passa também para nos... nos faz perceber que já não dispomos da mesma energia de outrora... que tudo que nos divertiu, já não tem a menor graça, talvez passe até como piadinha de mal gosto...
E assim a vida vai passando, vamos trocando nossas preferências, os bares, talvez até os amigos, e quando infelizmente nos damos conta dessa terr~ivel separação, a vida já mudou o cenário e as peças do tabuleiro, restanto apenas o desespero, para não ser esquecido num canto qualquer da lembrança, como aquelas velhas flores, resultado de um romance, que ainda resta vivo na lembrança e naquela velha caixa de presente guardada numa gaveta esquecida...
A poeira que o tempo traz, então se acumula na vida, e se formos distraídos, é provavel que nem se dê conta de que a vida passou e juventudo se foi e que os anos se acumulam, juntamente com as rugas, que aparecem cada vez mais descaradas e sem vergonha.
Enfim...o tempo se encarrega de levar as pétals de nossas flores, cabe a nós saber plantar as sementes antes que a úlitima planta se vá...