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Sou uma pessoa alegre e tranquila.Tenho percepções um tanto diferente, vejo o mundo de forma simples e descontraída!! Ficar no mesmo lugar me cansa, por conta disso, amo viajar, principalmente quando não tenho tenho hora pra voltar. Sou uma romântica assumida, apaixonada pela músicas e por meus gatos. Talvez, eu até seja um tanto instável, mas sou sincera.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A miséria de cada dia

Quando me pergunto porquê não saio muito pra rua, a resposta é simples... não há nada lá...rsrsrs
Quando estamos de férias, que a agitação do dia-a-dia diminui drásticamente, somos capazes de ver coisas que muitas vezes na correria, não somos capazes de ver...
Numa dessas pausas da minha vida, mas especificamente, nas minhas férias de verão, quando tudo é lindo, tudo é festa, tudo é sol... me deparei com coisas, aliás pessoas que nunca tive contato... habitantes de rua, mendigos, ou seja lá qual for o nome que se dá a essas pessoas, não aqueles de bairro, que estamos acostumados a ver, que até cumprimentamos e damos um real felizes, mas aqueles realmente miseráveis...É uma realidade chocante!
Quando ouvimos colegas de faculdade, trabalho , e etc , comentando de trombadinhas ou ladrões de carteira, em minha mente vinha a imagem daqueles vagabundos que preferem vida fácil, mas a realidade é crua, e mostra que a vida não é e nunca foi igual para todos...não justifico atitudes como essas, mas vai saber aonde está o nível de desespero...
Ver um morador de rua, um adulto, dá aquele medo, e logo se segura a bolsa, com medo, medo de ser assaltado, talvez medo daquela miséria ser contagiosa. Mas quando vejo uma criança, semi-nua, vestida de trapos, me dói o coração, só de pensar que poderia ser meu filho (nos padrões de hoje!). E ainda esse pequeno me olhando com cara de fome, enquanto eu passeava feliz, curtindo meu periodo de férias... não sei qual foi pior, se foi o mal-estar causado por vê-lo daquele jeito, ou se foi minha impotencia quanto a situação...
O ser humano é mesmo muito estranho... pregamos tanto a compaixão, o amor e sentimentalismos assim, principalmente nestes periodos de férias e festas, mas esquecemos de que há tanta gente aí fora, nos observando pela vitrine daquele restaurante legal da esquina, ou pelo vidro do nosso carro, gente que morre de frio, de fome, sem qualquer assistencia... vivendo sua miséria de cada dia...
Esse é o retrato da gente que não vive, gente que sobrevive... feito bicho, na selva de pedra chamada civilização...