Era dificil falar sobre aquilo... doía demais lembrar... a cada nova tentativa algo dentro dele se partia, mas era preciso continuar, seguir em frente, pelo menos era o que diziam sempre.
Esbarrou de novo na mesinha do telefone, como todos os dias, praguejou baixinho e seguiu se arrastando até a cozinha. A pia tinha louça de duas semanas atrás. Tudo estava do jeito que tinha sido deixado por ela. A dor voltou, latejando... as lembranças inundavam sua mente. Estava agora sentado no chão da cozinha, pensando...
- Faz duas semanas que estou assim, murmurou - poeira, copos e pratos sujos se espalhavam pela cozinha.- Preciso mudar.
Se arrastou até o quarto e caiu sobre a cama coberta de folhas de papel e cadernos, em sua maioria com um monte de coisas rabiscadas, falando sobre um amor que se foi, sobre saldade e vazio. Adormeceu ali.
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