Caminho lentamente, meu estomago dói... Estou com sede, mas não vejo um lugar que eu possa matá-la, não sei quem esta matando quem. Continuo a caminhar, ainda que sem sentido, já não enxergo bem o que passa por mim, vez por outro esbarro em alguma coisa ou em alguém.
Finalmente caí, respiro forte, mas o ar entra carregado em meus pulmões, como se não suprisse minha necessidade de oxigênio, respiro cada vez mais fundo... e nada. Meu estomago lateja, e já não tenho forças para me levantar. Ninguém se compadece de mim, estou estirado na calçada, no calor, completamente sem forças... Levanto a cabeça num esforço inútil de tentar me levantar, vejo uma garotinha, me olhando triste, enquanto os carros vêm e vão. Sinto ainda mais sede. O tempo parece passar cada vez mais devagar, respiro profundamente, meus olhos estão fixos num ponto imaginário onde não vejo nada, e nesse momento dou meu ultimo suspiro.
Ps: Essa é a breve história de um cachorro que vi morrer envenenado numa tarde quente de verão, perto da minha casa. Não sei porquê o envenenaram, mas sei que ninguém se propôs a ajudá-lo, talvez pelo fato dele ser um desses cachorros de rua... Lembro até hoje como foi triste presenciar aquela cena.
Quem sou
- Thyanna
- Sou uma pessoa alegre e tranquila.Tenho percepções um tanto diferente, vejo o mundo de forma simples e descontraída!! Ficar no mesmo lugar me cansa, por conta disso, amo viajar, principalmente quando não tenho tenho hora pra voltar. Sou uma romântica assumida, apaixonada pela músicas e por meus gatos. Talvez, eu até seja um tanto instável, mas sou sincera.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
A cidade
Estar numa cidade relativamente grande não significa que a mesma seja grande perante outras, digo isso por experiencia propria, morava numa cidade que nunca cheguei a conhecer alguns de seus bairros, onde não conhecia todos os vizinho... De repente me mudei, para uma cidade muitas vezes maior do que outra. Não conheço nem o vizinho que mora na casa de baixo. Confesso que me senti meio perdida e um pouco assustada, talvez, no meio disso tudo.
Na cidade onde morava, era comum naqueles ônibus de fim de tarde, ganhar alguns esbarrões, não fruto da falta de educação das pessoas mas porque simplesmente não cabia mais ninguem dentro desses ônibus...Hoje onde moro, se levar um pisão no pé, o máximo que vc vai ouvir é "ninguem mandou você colocar essa coisa no meio do caminho", isso se a pessoa for educada, caso contrario, se ouvirá xingamentos dos mais variados tipos. Não sei se é por educação mesmo ou se é por frescura, mas em cidades grandes as pessoas são mais desbocadas e até menos humanas. Digo menos humanas, porque simplesmente a tendencia a "ignorar" o sofrimento alheio numa cidade grande é muito maior do que em cidade pequenas.
Li um dias desses um email de uma pessoa que se dispõe a cuidar de gatos doentes, fiquei feliz ao extremo por saber que existem pessoas como els. Que possuem um coração tão generoso, enquanto outros ao invés de cultivar bons sentimentos, se propõe a depredar prédios e agredir o próximo.
Esse é o retrato da nossa vida.
Na cidade onde morava, era comum naqueles ônibus de fim de tarde, ganhar alguns esbarrões, não fruto da falta de educação das pessoas mas porque simplesmente não cabia mais ninguem dentro desses ônibus...Hoje onde moro, se levar um pisão no pé, o máximo que vc vai ouvir é "ninguem mandou você colocar essa coisa no meio do caminho", isso se a pessoa for educada, caso contrario, se ouvirá xingamentos dos mais variados tipos. Não sei se é por educação mesmo ou se é por frescura, mas em cidades grandes as pessoas são mais desbocadas e até menos humanas. Digo menos humanas, porque simplesmente a tendencia a "ignorar" o sofrimento alheio numa cidade grande é muito maior do que em cidade pequenas.
Li um dias desses um email de uma pessoa que se dispõe a cuidar de gatos doentes, fiquei feliz ao extremo por saber que existem pessoas como els. Que possuem um coração tão generoso, enquanto outros ao invés de cultivar bons sentimentos, se propõe a depredar prédios e agredir o próximo.
Esse é o retrato da nossa vida.
domingo, 15 de agosto de 2010
Saudade
Era dificil falar sobre aquilo... doía demais lembrar... a cada nova tentativa algo dentro dele se partia, mas era preciso continuar, seguir em frente, pelo menos era o que diziam sempre.
Esbarrou de novo na mesinha do telefone, como todos os dias, praguejou baixinho e seguiu se arrastando até a cozinha. A pia tinha louça de duas semanas atrás. Tudo estava do jeito que tinha sido deixado por ela. A dor voltou, latejando... as lembranças inundavam sua mente. Estava agora sentado no chão da cozinha, pensando...
- Faz duas semanas que estou assim, murmurou - poeira, copos e pratos sujos se espalhavam pela cozinha.- Preciso mudar.
Se arrastou até o quarto e caiu sobre a cama coberta de folhas de papel e cadernos, em sua maioria com um monte de coisas rabiscadas, falando sobre um amor que se foi, sobre saldade e vazio. Adormeceu ali.
Esbarrou de novo na mesinha do telefone, como todos os dias, praguejou baixinho e seguiu se arrastando até a cozinha. A pia tinha louça de duas semanas atrás. Tudo estava do jeito que tinha sido deixado por ela. A dor voltou, latejando... as lembranças inundavam sua mente. Estava agora sentado no chão da cozinha, pensando...
- Faz duas semanas que estou assim, murmurou - poeira, copos e pratos sujos se espalhavam pela cozinha.- Preciso mudar.
Se arrastou até o quarto e caiu sobre a cama coberta de folhas de papel e cadernos, em sua maioria com um monte de coisas rabiscadas, falando sobre um amor que se foi, sobre saldade e vazio. Adormeceu ali.
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