Era mais de meia noite... nada acontecia naquela noite tranquila e chuvosa. Pela janela via-se escorrer a água que insistia em se chocar contra o vidro liso. Apenas o ruido da chuva era sentido naquele quarto escuro e abafado.
O telefone tocou, tocou, tocou... e num movimento lento, preguiçoso até o barulho cessou: - Alô- sua voz era arrastada e sonolenta.
- Carla? - era uma voz masculina, bem familiar.
-Oi...
-Que voz é essa? - Ele parecia um tanto impaciente.
-Voz de quem estava deitada... - disse ela num tom ácido.
-Deitada? Ahaa para com isso, hoje é sexta! Vamos sair!! Animo garota!!
-Nem tenho isso ai não, estou cansada.- enquanto falava, Carla voltou para a cama e deixou seu corpo cair sobre a cama.- Você sabe que não vou sair.
-Então vou aí! Em meia hora estarei aí, e ai de você que não esteja pronta.
-Não vou sair Pedro, desista!- Ainda segurando o telefone, Carla rolou pela cama, abraçou o travesseiro e tateou no escuro a procura das cobertas, assim que as encontrou puxou-as vagarosamente sobre seu corpo.
-Já te avisei. Estou indo pra ai.- dizendo isso, desligou o telefone.
Carla soltou um suspiro, abraçou o travesseiro, e deixou que o sono viesse...
O som da batida da campainha se fez escutar meia hora depois. Bateu uma, duas, três vezes... em seguida, um click baixo se fez ouvir, em seguida o barulho da porta sendo fechada.
A sala longa, cheia de livros nas suas várias prateleiras e num pequeno sofá, outros vários volumes, estavam espalhados. Logo adiante um pequeno corredor que dava acesso para o quarto. Tudo estava escuro.
-Não acredito que você ainda está desse jeito! - Disse Pedro, acendendo a luz do quarto.
Carla balbuciou alguma coisa, talvez uma reclamação pelo clarão da luz que se deu após a chegada de Pedro, puxou o travesseiro sobre a sua cabeça e permaneceu imóvel.
Pedro andou até a cama, se sentou, e observou a moça. Era bonita, morena, com longos cabelos cacheados, e ainda assim estava ali, quase derrotada.
-Vamos Carla, você precisa sair, ver gente. Ficar desse jeito não vai resolver.
-Estou cansada, é só isso.- Resmungou ela.
-Vem- disse ele levantando ela pelos braços.- Não vou deixar você se destruir. Vamos.
-Não estou a fim.
-Não te perguntei, estou falando o que vou fazer e aconselho você a me obedecer.
-Sorte a sua que você é meu irmão...
-Graças a Deus.
uahuahauhua
ResponderExcluirnem é baseado em fatos reais! uhauahuahua
bjaum
do meu irmão eu só posso esperar decepções...que bom pra essa moça ter um irmão tão presente assim...
ResponderExcluirAdorei
ResponderExcluirMuito bom ..
Parabéns ..=]